segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Confissões da Inocência...


Quando eu era pequeno, nada conhecia; fazia de tudo, uma total fantasia.

Com o passar do tempo, adquiri maior consciência; juntamente com a carência de conhecimento, de amor e de uma certa independência.

Com o passar do tempo aprendi, o que é amar, o que é sofrer, o que é bom ou ruim; o que fazer, com a minha inteligência.

Com o passar do tempo descobri o que é desprezo, o que é tristeza, humilhação e frieza; com o tempo aprendi o que é egoísmo, o que é preconceito e prepotência; com o tempo aprendi o que é impotência.

Com o tempo aprendi a amar menos, a dar-me menos; a guardar minha essência apenas para mim mesmo.

Eu sonhava com um futuro límpido e puro; eu sonhava com um destino que simplesmente paira na inexistência; sonhei um dia, jamais cair em decadência.

Infeliz e ironicamente, desejo hoje não ter conhecido tudo que desejei conhecer; minha pior tortura, foi aquele meu sonho de consciência.

Desesperada e ingenuamente sonho hoje em viver longe de toda essa gente.

Aterrorizada e pasmadamente meus olhos se abriram; o conhecimento que desejei está todo aqui, consumindo-me; e hoje oro, para que eu viva ao menos mais um minuto daquela inocência, e não mais... desta desumana falência.

3 comentários:

  1. Tá perfeito Will!
    Continue escrevendo assim e divulgue mais!
    Seus textos são lindos!


    Beijos amore!

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  2. Quanto mais o ser humano envelhece, mais insatisfeito ele se torna, conseguiu expressar isso muito bem ;)

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  3. Conseguiu se expressar MUITO bem ;-)

    Já te falei, tu vai publicar um livro ;D
    Vai vender muito!

    O Paulo Coelho que se cuide (não gosto dele, mas ele vende muito) hehe

    Beijos

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