quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cólera...




Vivo em um mundo incolor, sem vida e sem anseios; o qual meus valores, não mais puderam reviver.

A felicidade, infelizmente, não há mais de prevalecer, pois tornou-se tão fácil e tão simples ao ser humano, na fraqueza adormecer.

De inexoráveis martírios, vem sendo meu sofrer.

Solitário, mudo e estático, este é o meu ser; sem cor alguma, sem luz a minha volta... aos olhos resplandecer.

Da minha existência nada eu pude prever; sintetizei-me puramente a evoluir e crescer, tentando inutilmente à tristeza nunca perceber.

Aquilo que há em minha essência, jamais consegui descrever; mas tacitamente aprendi, aos poucos conhecer.

A verdade e a pureza, o mundo fez-me esquecer; por não merecê-la, por ensinar-me friamente... o que é sobreviver.

Oro a cada segundo para que a perseverança em mim restante volte a florescer; e honrosa e solitária, possa vivo me manter.

Pois neste estado de cólera, temo, pavorosa e sufocadamente... para sempre permanecer.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Um pouco de ti...


Nos infinitos caminhos que por minha vida segui;

Em todos os erros e obstáculos, em todas as vezes que caí;

Em meu profundo e puro coração, em tudo que ingenuamente cri;

Na inocência da alma, que sempre sorri;

Naquilo que quis um dia esquecer, naquilo que um dia eu já temi;

Em cada limite, espaço ou vestígio temporal, em tudo que realmente já vivi;

No amor que vagarosamente esqueci;

Nas lágrimas que derramei por tudo aquilo que senti;

Na síntese da minha existência tem...

Um pouco de ti.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Confissões da Inocência...


Quando eu era pequeno, nada conhecia; fazia de tudo, uma total fantasia.

Com o passar do tempo, adquiri maior consciência; juntamente com a carência de conhecimento, de amor e de uma certa independência.

Com o passar do tempo aprendi, o que é amar, o que é sofrer, o que é bom ou ruim; o que fazer, com a minha inteligência.

Com o passar do tempo descobri o que é desprezo, o que é tristeza, humilhação e frieza; com o tempo aprendi o que é egoísmo, o que é preconceito e prepotência; com o tempo aprendi o que é impotência.

Com o tempo aprendi a amar menos, a dar-me menos; a guardar minha essência apenas para mim mesmo.

Eu sonhava com um futuro límpido e puro; eu sonhava com um destino que simplesmente paira na inexistência; sonhei um dia, jamais cair em decadência.

Infeliz e ironicamente, desejo hoje não ter conhecido tudo que desejei conhecer; minha pior tortura, foi aquele meu sonho de consciência.

Desesperada e ingenuamente sonho hoje em viver longe de toda essa gente.

Aterrorizada e pasmadamente meus olhos se abriram; o conhecimento que desejei está todo aqui, consumindo-me; e hoje oro, para que eu viva ao menos mais um minuto daquela inocência, e não mais... desta desumana falência.

domingo, 8 de agosto de 2010

Sublime Sensação...


Simplesmente indescritível; de apresentação à afeto, de amizade à laço; deduzo que na vida, nada é impossível; mesmo em curto tempo ou espaço.
Tenho perante você muitas visões; algumas que me inebriam e outras deixam-me estático.
Nesta inércia absoluta, reflito e questiono a mim mesmo...
Todas as palavras de consideração, os elogios, o carinho que em mim transborda de pura emoção; tamanha vitalidade, apego e afeto; Há de ser meramente em vão?
Pois peço todos os dias, para que vivo eu permaneça, absorvendo em meu coração... esta implacável e sublime sensação.