quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Cólera...




Vivo em um mundo incolor, sem vida e sem anseios; o qual meus valores, não mais puderam reviver.

A felicidade, infelizmente, não há mais de prevalecer, pois tornou-se tão fácil e tão simples ao ser humano, na fraqueza adormecer.

De inexoráveis martírios, vem sendo meu sofrer.

Solitário, mudo e estático, este é o meu ser; sem cor alguma, sem luz a minha volta... aos olhos resplandecer.

Da minha existência nada eu pude prever; sintetizei-me puramente a evoluir e crescer, tentando inutilmente à tristeza nunca perceber.

Aquilo que há em minha essência, jamais consegui descrever; mas tacitamente aprendi, aos poucos conhecer.

A verdade e a pureza, o mundo fez-me esquecer; por não merecê-la, por ensinar-me friamente... o que é sobreviver.

Oro a cada segundo para que a perseverança em mim restante volte a florescer; e honrosa e solitária, possa vivo me manter.

Pois neste estado de cólera, temo, pavorosa e sufocadamente... para sempre permanecer.

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