sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Ao vento...


Palavras ao vento, palavras vazias; simplesmente palavras, foram tudo o que me restou.

Um amor imperfeito, ou até mais que perfeito, que não posso mais carregar.

Amor que tornou-se sofrimento, um amor que se dissolveu em lágrimas, porém que nada pôde apagar.

Este amor que não fora o suficiente para você, este amor que entreguei a você todos os dias de minha vida, esquecido ao seu olhar.

Eu cri em você, eu cri em nós, um nós que nunca existira, ou fora um sonho de ingenuidade.

Por fim meu amor esvaiu-se, até que em meu gélido coração, adormecera.

Coração meu, vede mais uma vez, este amor que fora esquecido; pois um ano se passou, um ano que não vira mais sua metade, que não vira mais sua alma, sua razão.

Promessas não cumpridas e presenças esquecidas.

Infelizmente acabou, a curta e medíocre vida, deste amor de imensidão.

Fora um sonho, um delirar à brisa de outono, fora como um olhar ao vento, fora tudo... tragicamente em vão.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

À nossa maneira...


Eu te amara; eu te amo, porém não o amo no presente, mas sim em um pretérito mais que perfeito; nosso amor é divino, é único e surreal.

Um sentimento sublime, que fora deixado para trás.

Ao olhar o cair da noite, ao olhar a chuva, ao olhar-me no espelho vejo o brilho de seus olhos.

Assim te amara, pois neste espontâneo amor, nada previ; um amor profundo, tão profundo que influi em meus sonhos, tão profundo que no silêncio da noite o sinto vivo em mim.

Assim te amara pois simplesmente aconteceu, não sei se da melhor maneira, mas sempre à nossa maneira, e fora único, fora épico.

Lembro de quando sonhava apoiado em seu ombro, um sonho que estava ali, ao meu lado; um sonho ironicamente real.

E assim o senti real em minha vida até o último instante.

Pois desta forma tinha de ser; este amor, o nosso amor, em nossos corações e à nossa maneira.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Imortal...


Sempre temi a morte, a frieza e a dor; sempre temi ter sentido tudo em vão;

Sempre temi o sofrimento, o ódio, a desgraça e a impotência;

Sempre senti que logo chegaria... minha absoluta falência;

Chegou a minha hora; sem flashes de memória, sem sonhos, apenas a realidade;

Na presença da dor, da angústia e desta inexorável escuridão;

Caído nesta imersão percebo que muitas coisas são para sempre e jamais morrerão;
Pois nem a morte pôde congelar meu ingênuo e puro coração;

Afinal ainda encontro-me aqui, estático e deslumbrado;
Mergulhado nesta paixão e neste amor, nesta imortal imensidão.